A História de Maria Mulambo

Maria nasceu em uma família aristocrática e muito rica. Por ser primogênita e a única mulher entre 3 irmãos, cresceu rodeada de mimos e carinho. Maria desde pequena gostava de presentear as pessoas. Seus pais achavam estranho ela dar suas bonecas para as filhas dos serviçais e querer sempre dar comida para quem pedisse na rua. Seus pais enchiam-se de orgulho e faziam de tudo pela felicidade dela. Seus irmãos sentiam muito ciúmes e ficaram com medo que o seu pai não a casasse logo. Eles tinham receio de que ela ficasse com todas as joias da família e temiam que seu pai a premiasse com o valor maior, por ela ser tão amada! Maria por sua doçura, jamais imaginava que isso passasse na cabeça dos irmãos e crescia cada vez mais linda! Muito cortejada, mas nunca cedia aos cortejos, porque não queria ficar longe de seus pais e amava a sua liberdade. 
 
Quando Maria já estava com 15 anos, seu pai adoeceu gravemente e veio a falecer. Os irmãos dela aproveitaram o momento e determinaram que Maria iria se casar. Ela ficou inconsolável, implorou, pediu a mãe que intervisse, mas nada pôde ser feito. Os irmãos pagaram o dote de Maria para um homem 20 anos mais velho que ela, mas muito poderoso e muito rico. Maria teve que aceitar e aos 16 anos foi levada de sua casa paterna onde foi tão feliz, e nunca mais viu novamente sua família.
 
Maria assumiu a vida de senhora casada e continuou a se preocupar em dividir sua riqueza com os menos providos de bens materiais. Ela era adorada pelas pessoas do povoado. Seu marido viajava muito e quando estava em casa, brigava com ela por ser boa com o povo pobre. Certa vez, ele deu uma surra nela por ter acolhido um morador de rua, que estava à beira da morte, no celeiro deles. Maria estava grávida e sofreu um aborto. Ela se revoltou ferozmente pela primeira vez e assim que se restabeleceu, fugiu de casa. Seu marido foi em busca dela e quando a encontrou, bateu nela mais uma vez e a entregou em um prostíbulo. Mensalmente ele pagava o dono do lugar para que a mantivesse lá, porque ele não a queria mais. 
 
Maria sofreu muito no começo, mas ali se tornou uma mulher muito temida pelos homens por sua coragem.  Aos 20 anos, após a morte do proprietário, Maria já era dona do lugar. Ela assumiu o prostíbulo e liberou todas as mulheres que estavam ali obrigadas! Acolheu as que queriam trabalhar com ela e pagava pelos serviços. Com o dinheiro do prostíbulo, Maria abriu uma casa para acolher as mulheres que sofriam nas mãos de marido, pais e irmãos.  Durante a noite Maria vestia-se como rainha, mandava e desmandava dentro dos seus negócios e durante o dia, como mãe, cuidava dessas mulheres maltrapilhas e maltratadas, e de seus filhos. Maria ia às feiras e ao cais para providenciar os mantimentos dos seus acolhidos e vestia - se com saias velhas e cobria rosto e cabeça, para não ser reconhecida. Ninguém via sua beleza estonteante, porque assim Maria queria. Sendo assim, ela passou a ser conhecida como a D. Maria Molambo.
 
Em uma dessas idas ao Cais, Maria encontrou o grande amor da sua vida. Um dos navios vindo de fora, que trazia especiarias, também trouxe seu grande amor. Um homem lindo, que a tratou com carinho e cordialidade, mesmo diante das suas vestes, ele se apaixonou pelo seu olhar, charme e elegância. A tratava como verdadeira rainha. Maria começou a viver esse grande amor com intensidade, até que seu esposo descobriu tudo e matou o grande amor de Maria. Ela diante de tanta dor avançou para o corpo do seu grande amor e também foi assassinada. Todo o povoado sofreu com a dor da perda de Maria.  
 
Prostitutas, ladrões, padres, pessoas simples do campo, todos que conheceram Maria, uniram- se em choro e preces. Foi construído um Mausoléu para abrigar o corpo de Maria e na sua lápide foi escrito: Maria Molambo, linda moça que descia as ruas escuras, vestida de chita, mas com as mãos cheias de riqueza para dar. 
 
No prostíbulo Maria Molambo, mesmo após sua morte, era reconhecida e tratada como a rainha da noite, senhora apaziguadora das dores. Sempre que chamada para socorrer as mulheres e homens que a gritavam, ela vinha estalando todos os seus ossos, tamanha rapidez para agir.
 
Hoje Molambo reina as ruas guardando, salvando, consolando, amparando. Dona de uma alegria enorme, mas séria e brava quando precisa!
 
Salve a rainha Maria Molambo!!!Hoje eu vim contar para vocês a história de Maria Molambo, pomba-gira linda e maravilhosa, que trabalha comigo há mais de 10 anos. 
Maria nasceu em uma família aristocrática e muito rica. Por ser primogênita e a única mulher entre 3 irmãos, cresceu rodeada de mimos e carinho. Maria desde pequena gostava de presentear as pessoas. Seus pais achavam estranho ela dar suas bonecas para as filhas dos serviçais e querer sempre dar comida para quem pedisse na rua. Seus pais enchiam-se de orgulho e faziam de tudo pela felicidade dela. Seus irmãos sentiam muito ciúmes e ficaram com medo que o seu pai não a casasse logo. Eles tinham receio de que ela ficasse com todas as joias da família e temiam que seu pai a premiasse com o valor maior, por ela ser tão amada! Maria por sua doçura, jamais imaginava que isso passasse na cabeça dos irmãos e crescia cada vez mais linda! Muito cortejada, mas nunca cedia aos cortejos, porque não queria ficar longe de seus pais e amava a sua liberdade. 
 
Quando Maria já estava com 15 anos, seu pai adoeceu gravemente e veio a falecer. Os irmãos dela aproveitaram o momento e determinaram que Maria iria se casar. Ela ficou inconsolável, implorou, pediu a mãe que intervisse, mas nada pôde ser feito. Os irmãos pagaram o dote de Maria para um homem 20 anos mais velho que ela, mas muito poderoso e muito rico. Maria teve que aceitar e aos 16 anos foi levada de sua casa paterna onde foi tão feliz, e nunca mais viu novamente sua família.
 
Maria assumiu a vida de senhora casada e continuou a se preocupar em dividir sua riqueza com os menos providos de bens materiais. Ela era adorada pelas pessoas do povoado. Seu marido viajava muito e quando estava em casa, brigava com ela por ser boa com o povo pobre. Certa vez, ele deu uma surra nela por ter acolhido um morador de rua, que estava à beira da morte, no celeiro deles. Maria estava grávida e sofreu um aborto. Ela se revoltou ferozmente pela primeira vez e assim que se restabeleceu, fugiu de casa. Seu marido foi em busca dela e quando a encontrou, bateu nela mais uma vez e a entregou em um prostíbulo. Mensalmente ele pagava o dono do lugar para que a mantivesse lá, porque ele não a queria mais. 
 
Maria sofreu muito no começo, mas ali se tornou uma mulher muito temida pelos homens por sua coragem.  Aos 20 anos, após a morte do proprietário, Maria já era dona do lugar. Ela assumiu o prostíbulo e liberou todas as mulheres que estavam ali obrigadas! Acolheu as que queriam trabalhar com ela e pagava pelos serviços. Com o dinheiro do prostíbulo, Maria abriu uma casa para acolher as mulheres que sofriam nas mãos de marido, pais e irmãos.  Durante a noite Maria vestia-se como rainha, mandava e desmandava dentro dos seus negócios e durante o dia, como mãe, cuidava dessas mulheres maltrapilhas e maltratadas, e de seus filhos. Maria ia às feiras e ao cais para providenciar os mantimentos dos seus acolhidos e vestia - se com saias velhas e cobria rosto e cabeça, para não ser reconhecida. Ninguém via sua beleza estonteante, porque assim Maria queria. Sendo assim, ela passou a ser conhecida como a D. Maria Molambo.
 
Em uma dessas idas ao Cais, Maria encontrou o grande amor da sua vida. Um dos navios vindo de fora, que trazia especiarias, também trouxe seu grande amor. Um homem lindo, que a tratou com carinho e cordialidade, mesmo diante das suas vestes, ele se apaixonou pelo seu olhar, charme e elegância. A tratava como verdadeira rainha. Maria começou a viver esse grande amor com intensidade, até que seu esposo descobriu tudo e matou o grande amor de Maria. Ela diante de tanta dor avançou para o corpo do seu grande amor e também foi assassinada. Todo o povoado sofreu com a dor da perda de Maria.  
 
Prostitutas, ladrões, padres, pessoas simples do campo, todos que conheceram Maria, uniram- se em choro e preces. Foi construído um Mausoléu para abrigar o corpo de Maria e na sua lápide foi escrito: Maria Molambo, linda moça que descia as ruas escuras, vestida de chita, mas com as mãos cheias de riqueza para dar. 
 
No prostíbulo Maria Molambo, mesmo após sua morte, era reconhecida e tratada como a rainha da noite, senhora apaziguadora das dores. Sempre que chamada para socorrer as mulheres e homens que a gritavam, ela vinha estalando todos os seus ossos, tamanha rapidez para agir.
 
Hoje Molambo reina as ruas guardando, salvando, consolando, amparando. Dona de uma alegria enorme, mas séria e brava quando precisa!
 
Salve a rainha Maria Molambo!!!

Uriane
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